sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Retorno

Eu estava encucado com minha falta de inpiração, vontade, estímulo, ou outra palavra que se aplique neste caso, para escrever. Mesmo. De verdade. Eu era tão assíduo ao editor de texto que até o chamava com nomes carinhosos.

Mentira.

Até que ainda agora veio. Sim, minha menstruação literária veio, Dona Izabel! Finalmente, depois de tanto tempo! Nem lembro agora qual a última vez que escrevi qualquer coisa em versos. Tentei várias vezes. Comecei alguns, não terminei. Outros vieram na minha cabeça, e o cabeça oca aqui não escreveu e acabou esquecendo.

Mas chega de papo furado que isso já está parecendo o frivolidades #02! Vamos ao poema:


Sem título MMVII

Foi-se o tempo de calmaria e de paz,
e com ele a beleza dentro de tubos,
a beleza dentro de frascos cheios,
a beleza entubada, falsa e à venda.

Foi-se num momento não oportuno,
momento que não deveria ter sido
no instante que foi catalogado.

Era o tempo no qual aquela beleza,
dentro de vasos de cristal barato
e que todos repetiam aos prantos,
ainda se reunia em grandes grupos .

Foi-se, e para voltar não adianta
rezar, pedir, implorar, acreditar
que alguém virá logo em socorro.

Era o tempo de calmaria e de paz,
de beleza em taças de champanhe,
de calmaria em copos de cerveja,
de paz em cubas libres e hi-fi's.

O tempo agora é de beleza em giz,
em lápis de cor e caneta preta,
a beleza em alma, mente e carne.



Métrica e rima à marte, claro!



OBS.: Foi meu retorno. Mas, como me ensinou um amigo fashionista meu, é bom, mas não revolucionou.

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