sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Retorno

Eu estava encucado com minha falta de inpiração, vontade, estímulo, ou outra palavra que se aplique neste caso, para escrever. Mesmo. De verdade. Eu era tão assíduo ao editor de texto que até o chamava com nomes carinhosos.

Mentira.

Até que ainda agora veio. Sim, minha menstruação literária veio, Dona Izabel! Finalmente, depois de tanto tempo! Nem lembro agora qual a última vez que escrevi qualquer coisa em versos. Tentei várias vezes. Comecei alguns, não terminei. Outros vieram na minha cabeça, e o cabeça oca aqui não escreveu e acabou esquecendo.

Mas chega de papo furado que isso já está parecendo o frivolidades #02! Vamos ao poema:


Sem título MMVII

Foi-se o tempo de calmaria e de paz,
e com ele a beleza dentro de tubos,
a beleza dentro de frascos cheios,
a beleza entubada, falsa e à venda.

Foi-se num momento não oportuno,
momento que não deveria ter sido
no instante que foi catalogado.

Era o tempo no qual aquela beleza,
dentro de vasos de cristal barato
e que todos repetiam aos prantos,
ainda se reunia em grandes grupos .

Foi-se, e para voltar não adianta
rezar, pedir, implorar, acreditar
que alguém virá logo em socorro.

Era o tempo de calmaria e de paz,
de beleza em taças de champanhe,
de calmaria em copos de cerveja,
de paz em cubas libres e hi-fi's.

O tempo agora é de beleza em giz,
em lápis de cor e caneta preta,
a beleza em alma, mente e carne.



Métrica e rima à marte, claro!



OBS.: Foi meu retorno. Mas, como me ensinou um amigo fashionista meu, é bom, mas não revolucionou.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Frivolidades #01

Sabe aqueles seriados americanos de comédia da década de oitenta e noventa? Como Jesse, The Nanny, Seinfield, Married with Children, dentre outros? Pois é, eu gosto. Gosto mesmo. Rio para me acabar, às vezes. Me toquei disso nessa semana, na qual estou acordando cedo para me preparar parao início das aulas (grafinhos, aiaiai...), assistindo a Jesse. Ligo no Warner Channel, e me acabo. Junto com uma bela duma caneca de café e pão torrado no forno.

Aliás, pão torrado no forno com café é muito bom. Todos os dias. Dois. Com margarina. E margarina com sal, faz favor!

(Isso tudo me lembra que eu tenho que melhorar minha alimentação precária.)

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

La belle époque

Andei lendo os meus antigos posts nos antigos blogs. Não deveria tê-lo. Percebi que escrevia bem antigamente. Hoje, só lamentações. O post anterior resume bem o que sinto quanto a isso.

Hoje afirmo que a insegurança era minha aliada na hora de escrever.

Atualmente minha vida não é insegura. Os meus planos deram certo, até certo ponto. Sou bacharel em Ciência da Computação, faço mestrado em uma das melhores (senão a melhor) universidade do país, moro em São Paulo, faço minhas coisas quando quero, sou estável emocionalmente. Parece tudo bom. Parece ainda que estou me gabando disso tudo. Mas não. São lamentos. E saudades.

Saudades daquele tempo, da melancolia dominical, dos meus amigos, da minha família, da minha casa, da minha cidade, da UFAL, do laboratório onde trabalhava.

Aquela foi la belle époque e eu não sabia...