Mentira.
Até que ainda agora veio. Sim, minha menstruação literária veio, Dona Izabel! Finalmente, depois de tanto tempo! Nem lembro agora qual a última vez que escrevi qualquer coisa em versos. Tentei várias vezes. Comecei alguns, não terminei. Outros vieram na minha cabeça, e o cabeça oca aqui não escreveu e acabou esquecendo.
Mas chega de papo furado que isso já está parecendo o frivolidades #02! Vamos ao poema:
Sem título MMVII
Foi-se o tempo de calmaria e de paz,
e com ele a beleza dentro de tubos,
a beleza dentro de frascos cheios,
a beleza entubada, falsa e à venda.
Foi-se num momento não oportuno,
momento que não deveria ter sido
no instante que foi catalogado.
Era o tempo no qual aquela beleza,
dentro de vasos de cristal barato
e que todos repetiam aos prantos,
ainda se reunia em grandes grupos .
Foi-se, e para voltar não adianta
rezar, pedir, implorar, acreditar
que alguém virá logo em socorro.
Era o tempo de calmaria e de paz,
de beleza em taças de champanhe,
de calmaria em copos de cerveja,
de paz em cubas libres e hi-fi's.
O tempo agora é de beleza em giz,
em lápis de cor e caneta preta,
a beleza em alma, mente e carne.
Métrica e rima à marte, claro!
OBS.: Foi meu retorno. Mas, como me ensinou um amigo fashionista meu, é bom, mas não revolucionou.